Homilia Dominical | XV Domingo do Tempo Comum




HOMILIA - SANTA MISSA DO XV DOMINGO DO TEMPO COMUM

Querido Povo de Deus aqui reunido.

A liturgia deste domingo nos convida a olhar para a parábola do Semeador, e sob sua ótica, conferirmos se estamos sendo verdadeiramente semeadores do Evangelho do Cristo. Na primeira leitura, vemos a profecia de Isaias, quando fala que a palavra que sair de sua boca não retornará para ele vazia, mas trará frutos do que pretendia, fazendo sempre a sua vontade, ou seja, memorando-nos de que essa mesma palavra que sai da boca de Deus e nos alimenta, não haverá de retornar para ele sem seus frutos eficazes, isto é, a verdadeira vivência do Evangelho, retornará em nós mesmos ações e pensamentos diferentes dos que temos antes de conhecer a verdade de Deus. No Salmo, o salmista exclama que "As colinas se enfeitam de alegria, e os campos, de rebanhos; nossos vales se revestem de trigais: tudo canta de alegria!", Ora, tudo canta de alegria por que o Senhor é compassivo com seu plantio, e neste bom solo, arqueia-se uma fecunda plantação, e de múltiplas formas, essa terra que nosso coração, quando bem arraigado pelas chuvas celestes e pelos sulcos de amor que abençoam e multiplicam os frutos de cada uma das sementeiras, se enche de louvor e alegria, como é cantado pelo salmista. Já na carta de São Paulo, quando fala aos romanos que "toda a criação, até ao tempo presente, está gemendo como que em dores de parto" e conclui que nós também, que portamos os "frutos do espírito" estamos gemendo internamente, nos indica que de modo serene, nossa alma quando acolhe essa palavra a e ela começa a estar fervorosa em nosso coração, assim como a criação espera e grita pela animação do Espírito, também nós esse fruto clama imensamente pelo fogo do Espírito, que só por ele poderá frutificar e tornar-se um ramo integralmente ligado a Videira que é o Cristo.
No evangelho nós vemos a passagem já conhecida, do Evangelho de São Mateus, mas um detalhe que não percebemos, é o detalhe de que o Senhor fala aos seus discípulos não mais em parábolas, ou seja, o Senhor Deus agora se dá a conhecer a si mesmo, sem reservas, e eis que de repente surge no versículo 15 a seguinte explicação "Porque o coração deste povo se tornou insensível.", e essa insensibilidade é como a terra seca em que nem há onde a semente germinar, ouvimos e não nos damos conta do que está acontecendo, do que estão nos falando, não damos conta de que o tempo da graça de Deus está passando por nós. E assim nos perguntamos, como será que está o nosso coração? ele é esta terra seca e insensível? ele é esta terra que ouve e ainda não acolhe bem? ele é esta terra que acolhe e anseia o fogo do Espírito para que frutifiquemos ainda mais? Oremos ao Senhor para que ele nos dê a graça de estarmos abertos cada vez mais a receber estas sementes de sua palavra, germiná-las em nosso coração e fazermo-las frutos eficazes através da ação do Paráclito em nós.

Assim Seja! 

Alexsander Felipe
Bispo-Auxiliar da Arq. Salvador
Redator Chefe e Repórter da Revista Clerum
Diretor Geral da Rede Clerum de Comunicação

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