O Patrono da Santa Igreja #1
Por Diác. Gustavo Bonfim
Quem foi São José?
Olá caro leitor! Como vai você? Hoje é o início da série de artigos de história aqui na clerum que eu dei o nome de pílulas de história. Para iniciar com “pé direito”, vou apresentá-los à razão pelo qual São José é patrono da Santa Igreja Católica, pois este ano celebramos os 150 anos desta declaração do papa Pio IX. E o papa Francisco decidiu dedicar este ano de 2021 para São José, como forma de intensificar as festividades ao castíssimo esposo da Virgem Maria neste ano jubilar. Para que a gente possa entender o motivo que São José foi proclamado Patrono da Igreja pelo papa Pio IX, precisamos conhecer quem foi ele. Venha comigo desbravar está história!
• São José é descendente da casa real de Davi. estava noivo de Maria e, ao saber que ela estava grávida, decidiu abandoná-la, pois o filho não era dele. Ele pensa em abandoná-la para que ela não fosse punida com a morte por apedrejamento.
Ele teve um sonho com um anjo que lhe disse que Maria ficou grávida pela ação do Espírito Santo, e que o menino que iria nascer era Filho de Deus, então, ele aceitou Maria como esposa. Perto do tempo previsto do nascimento de Jesus, por um decreto romano ele foi para Belém partir do recenseamento, lá Maria deu à luz ao Menino Jesus e José estava presente no nascimento.
• O anjo, porém, deu novo aviso a José, em sonho. Com efeito, o anjo avisou a José que Herodes queria matar o menino Jesus e mandou-o pegar o menino e sua mãe e fugir para o Egito com eles. José obedeceu. Assim, A sagrada família foi para o Egito e viveram lá durante quatro anos. Após este tempo, o anjo avisou novamente a José em sonhos, dizendo que eles poderiam voltar para Nazaré porque Herodes tinha morrido. José obedeceu e levou a Sagrada Família novamente para Israel.
• A VIDA SIMPLES DE JOSÉ DE BELÉM
• São José devotou sua vida aos cuidados de Jesus e Maria. Vivendo do trabalho de suas mãos, como carpinteiro, sustentou sua família com dignidade e exemplo. A profissão de carpinteiro propiciava dignidade à família. José era um judeu religioso e praticante. Ele consagrou o menino Jesus no Templo, logo depois que o menino nasceu. Este ato só era praticado na época por judeus piedosos. São José levava sua família regularmente às peregrinações de seu povo em Jerusalém, como, por exemplo, na Páscoa. Foi numa dessas peregrinações em que, na volta para Nazaré, o menino Jesus ficou em Jerusalém conversando com os doutores da lei. O menino tinha, então, doze anos. José e Maria, aflitos, voltam ao templo e encontram o menino Jesus debatendo com os doutores da lei. Nesta ocasião, Jesus afirma que “Tinha que cuidar das coisas de seu Pai”. Esta é a última vez que José é mencionado nas Sagradas Escrituras. Todos os indícios levam a crer que José faleceu antes de Jesus começar sua vida pública. Caso contrário, ele certamente teria sido mencionado pelos evangelistas, como o foi Maria.
A devoção de São José pela à história
• Se São José foi escolhido para Esposo de Maria, a mais santa de todas as mulheres, é porque ele era o mais santo de todos os homens. Se houvesse alguém mais santo que José, certamente seria este escolhido por Jesus para Esposo de Sua Mãe Maria. Nós não pudemos escolher nosso pai e nossa mãe, mas Jesus pôde, então, escolheu os melhores que existiam. Em uma aparição a Santa Margarida de Cortona, disse Jesus: “Filha, se desejas fazer-me algo agradável, rogo-te não deixeis passar um dia sem render algum tributo de louvor e de bênção ao meu Pai adotivo São José, porque me é caríssimo”.
• Vejamos o que os Santos que eram seus devotos diziam sobre ele:
• Santo Afonso de Ligório (†1787), doutor da Igreja, garantia que todo dom ou privilégio que Deus concedeu a outro Santo também o concedeu a São José.
• São Francisco de Sales (†1655), doutor da Igreja, diz que "São José ultrapassou, na pureza, os Anjos da mais alta hierarquia".
• São Jerônimo (†420), doutor da Igreja, diz que: “José mereceu o nome de “Justo”, porque possuía de modo perfeito todas as virtudes”.
• São Bernardo (†1153), doutor da Igreja: “De sua vocação, considerai a multiplicidade, a excelência, a sublimidade dos dons sobrenaturais com que foi enriquecido por Deus”.
• Para encerrar este bloco, não poderia faltar o Testemunho de Santa Teresa de Ávila (†1582), doutora da Igreja, devotíssima de São José, que criou á tradição de dedicar todas às Capelas do Carmelo em honra à São José. No “Livro da Vida”, sua autobiografia, ela escreveu:
“Tomei por advogado e senhor ao glorioso São José e muito me encomendei a ele. Claramente vi que dessa necessidade, como de outras maiores referentes à honra e à perda da alma, esse pai e senhor meu salvou-me com maior lucro do que eu lhe sabia pedir. Não me recordo de lhe haver, até agora, suplicado graça que tenha deixado de obter. Coisa admirável são os grandes favores que Deus me tem feito por intermédio desse bem-aventurado santo, e os perigos de que me tem livrado, tanto do corpo como da alma. A outros santos parece o Senhor ter dado graça para socorrer numa determinada necessidade.”
“Ao glorioso São José tenho experiência de que socorre em todas. O Senhor quer dar a entender com isso como lhe foi submisso na terra, onde São José, como pai adotivo, o podia mandar, assim no céu atende a todos os seus pedidos. Por experiência, o mesmo viram outras pessoas a quem eu aconselhava encomendar-se a ele. A todos quisera persuadir que fossem devotos desse glorioso santo, pela experiência que tenho de quantos bens alcança de Deus...De alguns anos para cá, no dia de sua festa, sempre lhe peço algum favor especial. Nunca deixei de ser atendida".
São José Patrono da Igreja Católica
• Foi em 8 de dezembro de 1870, quando a Igreja passava por momentos difíceis, que o Papa Pio IX, desejando confiá-la à especial proteção, declarou São José como Patrono da Igreja católica. Esse Sumo Pontífice sabia da grandiosidade de seu gesto já que a Igreja, depois da Virgem Santíssima, teve sempre em grande honra e cumulou de louvores o Bem-aventurado José e, no meio das angústias, foi a ele que sempre recorreu.
• As razões pelas quais o Bem-aventurado José deve ser considerado especial Patrono da Igreja, e a Igreja, por sua vez, deve esperar muitíssimo da sua proteção e do seu patrocínio, provêm principalmente do fato dele ser esposo de Maria e pai adotivo de Jesus. José foi a seu tempo legítimo e natural guardião, chefe e defensor da Sagrada Família. Portanto, é conveniente e digno para José que, de modo análogo àquele com que outrora costumava socorrer santamente em todo e qualquer acontecimento a Família de Nazaré, também cubra e defenda com o seu celeste patrocínio a Igreja de Cristo.
•O Papa Pio IX disse no dia 8 de Dezembro de 1870 à seguinte frase: “ Entre São José e Deus não vemos e não devemos ver senão Maria, por sua divina Maternidade. São José, depois de Maria, é o maior de todos os Santos.”
Que possamos sempre pedir à intercessão de São José em nossas tribulações e dificuldades neste caminho rumo ao céu. Espero que você tenha gostado e se deliciado com este artigo que fiz com muito carinho. Obrigado por ter chegado até aqui, nos encontramos semana que vem com mais pílulas de história! Salve Maria Imaculada e São José, seu castíssimo esposo!
Gostaria de convidar você para escutar este lindo cântico usado como introito na missa em honra à São José, no dia 19 de Março.

