ESPECIAL "TRÍDUO PASCAL" - QUINTA-FEIRA SANTA - CEIA DO SENHOR
Caríssimos irmãos e irmãs,
Querido irmão, querida irmã que acompanha a Revista Clerum, hoje especialmente trazemos algo novo. A reflexão do Tríduo Pascal para estes próximos três dias, iniciando com o dia de hoje, a quinta-feira santa, festa na igreja, em todos os âmbitos, porque no dia de hoje nós comemoramos a primeira parte dessa grande prova de amor e grande vitória que Deus nos demonstra. Nas últimas semanas nós podemos perceber nas leituras que o Senhor já nos demonstrava uma grande e exacerbada prova de amor, nos mínimos detalhes.
Mas hoje, Jesus, ao tomar a ceia com seus discípulos, transforma-se, faz e institui o seu próprio ministério sacerdotal, ministério de serviço, de amor. Ao lavar os pés dos seus discípulos e ao querer que eles façam o mesmo, porque servir é reinar, porque servir é ser maior, maior é aquele que serve.
E é por isso que nessa leitura nós vemos que Jesus de uma forma muito delicada, de uma forma muito singela demonstra e dá essas últimas lições aos discípulos, é claro que nesse dia Jesus nos dá o mandamento do seu verdadeiro amor. Que amei-vos uns aos outros como eu os amei.
Então, é disto que consiste em celebrar este sentimento inicial da quinta-feira santa, uma alegria, Jesus está conosco, Jesus celebra conosco, Jesus permanece no meio de nós e nos ensina lições valiosíssimas.
Mas por quê? porque nos ama e há de nos amar até o fim. É assim que diz o evangelista, Jesus tendo amado os seus, amou-os até o fim, diz São João. E as provas desse mesmo amor, como eu dizia, as provas desse amor estão inseridas de formas muito singelas. Exatamente ao lavar aos pés o mestre, sair da mesa e abaixar-se para lavar os pés dos seus discípulos demonstra que maior é aquele que está a serviço.
Veja, meus irmãos, em quantos momentos, em quantas oportunidades nós podíamos estar a serviço da nossa comunidade, a serviço do nosso próximo, dos nossos irmãos, daqueles que nós não deveríamos nos importar, isso é o amor cristão, isso é a vivência da caridade cristã. É claro, não só a pura e simples amizade social, mas amor. Porque não importa que vida teve o outro, e é isso que o Senhor quer que tenhamos, esse amor que Ele também teve para conosco.
Um amor é incomensurável, um amor sem medidas, um amor tão grande e tão forte que leva a transcender as maiores dores da humanidade. E continuando esse itinerário, nós contemplamos já no fim da quinta-feira aquele Jesus que se deixa ser preso por esse mesmo amor. Ah, se ficásseis vigiando comigo! Vigiai, meus irmãos!
Porque o Espírito é forte, mas a carga é fraca, o Espírito é forte, o Espírito está preparado, nós estamos preparados quando rezamos, nós estamos preparados quando lemos a Palavra de Deus, nós nos preparamos por 40 dias. Mas quem sabe nós não façamos o mesmo que tantos outros fizeram? Quem sabe nós não façamos o mesmo que o próprio São Pedro fez? durante a paixão, negarmos o Senhor, trairmos o Senhor.
Não deixemos, meus irmãos e minhas irmãs, o Cristo só, não deixemos o Cristo sozinho nessa paixão, deixemo-nos acompanhar dessas dores e entreguemos a Ele, no ato da sua paixão, as dores da nossa vida. Eu desejo a você que nos ouve, um bom tríduo pascal e uma boa páscoa.
✠ Alexsander Felipe
Núncio Apostólico
Redator Chefe e Repórter da Revista Clerum
Diretor Geral da Rede Clerum de Comunicação
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Reflexão Diária
